sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Resumo - Os Lusíadas (CANTO II)

Ao chegar a Mombaça, Vasco da Gama e sua frota são muito bem recebidos, mas o capitão, cauteloso, decide não adentrar na cidade, pois já escurecia. Para certificar-se de que se tratava de povo honesto e cristão, Gama manda dois degredados seus fazerem a vistoria na cidade e, pela manhã, se tudo corresse bem, poderiam adentrar com segurança. Baco, já prevendo que isto aconteceria, fez com que todos os habitantes se fingissem de cristãos e até fabricou “um altar sumptuoso, que adorava” (10). Camões diz na estrofe 12: “o falso Deus adora o verdadeiro”. Baco, o falso deus, adorando o verdadeiro. Pela manhã, os dois degredados dizem ao capitão que naquela terra “viram sacras aras e sacerdote santo” e “que no rei e gentes não sentiram senão contentamento e gosto tanto” (15) e, assim, “o nobre Gama recebia alegremente ou mouros que subiam”, enchendo a nau da “gente pérfida” (16), sem imaginar o que de fato ocorria. Mas Ericina (Vênus), “vendo a cilada grande e tão secreta,/ voa do céu ao mar como uma seta/ convoca as alvas filhas de Nereu (Nereidas) /(...)/ para estorvar que a armada não chegasse/ aonde para sempre se acabasse” (18-19). Dione (Vênus) e as nereidas forçam para que a nau recue e vá para outro caminho. Os portugueses, por sua vez, não entendendo aquela repentina força da natureza forçam o contrário. Instala-se uma celeuma que espanta a maura gente: sem saber o que se passava, “cuidam que seus enganos são sabidos/ e que hão de ser por isso aqui punidos” (25). Fogem amedrontados os mouros, e assim também o piloto falso, que se joga na água. Neste momento, vendo fugir os mouros e o piloto, Vasco da Gama “entende o que ordenava a bruta gente” (29) e agradece à Divina Providência por lhes ter mostrado que se tratava de farsantes e roga a Deus que os ajude a encontrar o que tanto ensejam (32):

Nalgum porto seguro de verdade

Conduzir-nos já agora determina

Ou nos amostra a terra que buscamos,

Pois só por teu serviço navegamos

Vênus ouve a súplica de Gama e se dirige a Júpiter para interceder em favor dos portugueses. “Fermosa filha minha, não temais/ Perigo algum nos vossos lusitanos/ Nem que ninguém comigo possa mais/ que esses vossos olhos soberanos” (44). Júpiter, da estrofe 44 à 55, responde ao pedido de Vênus, e promete à filha que todos os seus anseios serão assegurados, pois os portugueses conseguirão chegar à Índia e realizar grandes feitos. Para dar cabo a tormenta lusitana, manda “o consagrado filho de Maia à Terra”(56) (Mercúrio), para que este encontre um porto seguro e, em sonhos, indique aos portugueses o caminho. Como diz Camões, “Pouco vale coração, astúcia e siso/ Se lá dos céus não vem celeste aviso”(59). Assim faz Mercúrio e, quando Vasco da Gama se deita, Deus aparece em sonhos e diz (61 - 63):

Fuge, Fuge, lusitano

Da cilada que o rei malvado tece

Fuge, que o vento e o céu te favorece(...)

Vai-te ao longo da costa discorrendo

E outra terra acharás de mais verdade

O capitão acorda em sobressalto e ordena (65):

– Dai velas (disse), dai ao largo vento

Que o céu nos favorece e Deus o manda

Que um mensageiro vi do claro Assento

Que só em favor de nossos passos anda

Chega a frota enfim a Melinde, “cidade mais verdadeira e mais humana”, onde os portugueses são acolhidos com “oferecimentos verdadeiros e palavras sinceras”(76). O rei da cidade providencia ao capitão tudo o que de melhor possuía em sua terra: “aqui terá de limpos pensamentos/ piloto, munições e mantimentos” (88) e Vasco da Gama fica lisonjeado, prometendo ao rei que “Onde quer que eu viver, com fama e glória/ Viverão teus louvores em memória”(105). Depois do capitão lusitano ter comido e descansado, o canto II termina com a fala do rei de Melinde a Vasco da Gama, pedindo que este conte de sua terra: o clima, o princípio do Reino, os sucessos das guerras, os tormentos vividos no mar e os costumes alheios observados durante a navegação. Tudo isto quer saber o rei sobre a tão famosa Lusitânia, pois, afinal, “quem há que por fama não conhece/ as obras portuguesas singulares?” (111).

15 comentários:

  1. Obrigada! ficou um bom resumo, um bom guia para quem está meio perdido nas leituras.

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  2. gostei posso colocar esse testo no meu trabalho?

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  3. Fassa um resumo da pag 37 a 42 pra agora pfv

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  4. Muito bom, não estava entendendo nada até ler isso. Valeu mesmo

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  5. Muito bom esse resumo,não estava entendendo nada.

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  6. Muito bom esse resumo! Não estava entendendo nada.

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  7. cara isso é um site comum de pesquisa o objetivo deles é te dar a informação. Se você quer usar pra outra coisa o problema é seu

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